Caminhando pelas ruas desta minha cidade tão grande, estão
pessoas sem motivação num eterno vai e vem. Dando seus passos enquanto o sol se
esconde, fazendo-se prisioneiros dessa rotina cotidiana. É uma vida quase sem
vida, vida simplesmente vivida disputando espaço com o bem e com o
mal.
Nos bancos dos parques, e nos cantos das feiras os mendigos e
as crianças ainda buscam seu alimento, pessoas que dizem conviver, simplesmente
não se tocam, não se abraçam e alguns, nem se comovem mais.
Eu imagino que no por do Sol, irá renascer uma esperança em
nossos corações, pois há sempre um novo dia pela frente, e com ele vem também o
sonho de paz. Não são verdades novas, pois não precisamos delas, são apenas
esperanças de vida, não desta aventura que enfrentamos a todo instante, e
consideramos “viver”. O brilho do Sol é eterno e sempre estará nascendo no
horizonte pela manhã, mostrando-nos que não devemos nos conformar com este
mundo, mas antes, reconsiderarmos nossos conceitos de
existência.
Descobriremos que no
amor existe outro universo, diferente deste que contemplamos agora,
descobriremos que se dermos as mãos, e partirmos rumos aos becos, bares, e
cantos rejeitados de nossa cidade, encontraremos em nós mesmos, um anjo enviado
por deus para cuidar dos que sofrem.
Cada rosto refletido
no espelho mostrará a face de Deus, cada gesto de solidariedade, representará a
presença do Pai. É simples assim.
Então veremos nesses
“anjos homens”, que a vida só é vida quando gera vida, salva vidas, e devolve a
vida...tanto àqueles quanto a nós mesmos.
Edson
Moura
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