segunda-feira, 21 de maio de 2012

O choro da morte




A morte, essa malvada cheia de si, temida por todos

Se sente a mais poderosa das entidades

Tenho pena de você dona morte

Pena por que não poderás matar-me



Quando pensar que me derrubas

Não estará pondo fim à minha existência

Talvez esteja você pensando que temo sua visita

Engana-se redondamente


A considero elegante, gentil e até boa

Boa porque você morte, é a única capaz de por fim à dor

Imaginar a tua presença junto ao meu leito, já me enche de alegria o coração

Então morte, sua danada, morra de raiva ao saber que aguardo sua chegada



Com certa ansiedade, sem temor, sem raiva

O descanso dos ossos é ruim? Logicamente que não.

Alguns, assim como eu, a aguardam

Outros, heróis, reis, valentes, suicidas... a procuram



Guerras, venenos, forcas, balas, doenças... Suas armas são inúmeras

Posso dizer que morte não é morte, é apenas descanso

Tua vaidade cai por terra quando um homem corajoso antecipa sua chegada

Morte não chore, ainda existem os que a temem.



Edson Moura

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