terça-feira, 22 de maio de 2012

Mulher objeto


Recentemente li um artigo na Folha de São Paulo que chamou minha atenção para um fato que para muitos, é considerado como desrespeito pelo sexo feminino, mas não para mim. O artigo foi escrito por Luiz Felipe Pondé, e ele resume de forma magistral, o meu pensamento a este respeito. Achava que apenas eu pensasse assim, e que esta forma de pensar constituía-se numa deformação de caráter, felizmente hoje, tenho o respaldo de um intelectual, o que me tranqüiliza. Diz assim o artigo:

Humildemente confesso que, quando penso a sério em mulher, muitas vezes penso nela como objeto (de prazer). Isso é uma das formas mais profundas de amor que um homem pode sentir por uma mulher. E, no fundo, elas sentem falta disso, não só na “alma” com na pele. Na falta dessa forma de amor, elas ressecam como pêssegos velhos, mofam como casas desabitadas, falam sozinhas. Gente bem resolvida entende pouco dessa milenar arte de amor ao sexo frágil.

Sou, como costumo dizer, pouco confiável. Hoje em dia, devemos cultivar maus hábitos por razões de sanidade mental. Tenho algumas desconfianças que traem meus males de espírito. Desconfio barbaramente de gente que anda de bicicleta para salvar o mundo (friso, para salvar o mundo). Recentemente, em Copenhague, confirmei minha suspeita: a moçada da bike pode ser tão grossa quanto qualquer motorista mal-educado. 37% da população de lá usa as “magrelas”, e nas ciclovias eles são tão estúpidos, estressados e apressados como qualquer motorista “subdesenvolvido”.

Fecham a passagem de carros e ônibus como se, pela simples presença de seus “eus” perfeitos, o mundo devesse parar diante de tanta “pureza verde”. Aliás, o modo seguro de saber quando alguém não conhece a Europa, é ver se essa pessoa assume como verdade o senso comum de que os europeus são bem-educados. Muitos deles, inclusive, não sabem o que é uma coisa banal como uma fila.

Outra coisa insuportável é o sujeito que toma banho com pouca água para salvar o planeta. Esse tipo de gente é gente porca que arranjou uma desculpa “politicamente correta” para não tomar banho direito. Provavelmente ele não gosta mesmo é de banho. Mas falando sério, desconfio de homens que não pensam em mulheres como objeto. Pior, são uns bobos, porque, entre quatro paredes, elas adoram ser nossos objetos e na realidade sofrem, porque a maioria dos caras hoje virou “mulherzinha” de tão frouxos que são.

Fico imaginando o quão brocha fica uma mulher quando um cara diz pra ela: “Respeito você profundamente, por isso não vou...”. Pergunto filosoficamente: Como achar uma mulher gostosa sem pensar nela como objeto? A pior forma de solidão a que se pode condenar uma mulher, é a solidão de não fazê-la, de vez em quando, de objeto. E esta é uma forma de solidão que se torna cada vez mais comum. E, sinto dizer, provavelmente isso vai piorar. A menos que paremos de torturar nossos jovens com papinhos politicamente corretos sobre “igualdade entre os sexos”. Igualdade perante a lei (e olhe lá...!). No resto, não há igualdade nenhuma.

A feminista americana Camille Paglia, recentemente, em passagem pelo Brasil, disse que muitas das agruras das mulheres heterossexuais se devem ao fato de elas procurarem “seres iguais a elas” nos homens. Que pensem como elas, sintam como elas, falem como elas. Entre o desejo “correto” de ter um “eunuco bem-comportado” e um homem que diga “não” à tortura da “igualdade entre os sexos”, ficam sozinhas com homens que não passam de “mulherzinhas”.

O que é um homem “mulherzinha”? É um homem que tem medo de que as mulheres o achem machista, quando, na verdade, todo homem “normal” gosta de pensar em mulher como objeto. Um mundo repleto de “mulherzinhas” acaba jogando muitas mulheres no colo “vazio” de outras mulheres, por pura falta de opção. E aí começa esse papinho de que é “superlegal ser lésbica”. Afora as verdadeiras, muita gente está nessa por simples desespero afetivo. Nada contra, cada um é cada um. Só sinto que muitos homens “desistam” delas porque a velha “histeria” feminina da qual falava Freud (grosso modo, a insatisfação eterna da mulher) virou algo do qual não se pode falar, senão você é taxado como machista..

Muito desse papinho “progressista” é conversa fiada para esconder fracassos afetivos, a saber, a mais velha experiência humana, mas que nos últimos anos virou moda dizer que a culpa é do capitalismo, da igreja, do patriarcalismo, da família, de Deus, da educação, do diabo a quatro. E o pior é que quase todo mundo tem medo de dizer a verdade: “Uma das formas mais profundas de amor à mulher é fazer delas objeto”.

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