quarta-feira, 23 de maio de 2012

“Cortando os excessos”

sexta-feira, 18 de junho de 2010


“O bacteriologista escocês Alexander Fleming estava analisando uma temível bactéria em seu laboratório em 1928. Num momento de distração e devido ao excesso de atividades...esqueceu a porta aberta quando saiu. Um fungo invadiu as placas de cultura das bactérias...produzindo um bolor. Aquilo que parecia um desastre, culminou numa grande descoberta: As bactérias morreram!

A partir dessa descoberta, extraiu-se o primeiro antibiótico...a penicilina. Milhões de vidas puderam ser salvas. Todavia, a penicilina passou a ser usada excessiva e indiscriminadamente. O resultado? Agora sim, desastroso!

O uso excessivo de antibióticos tem produzido bactérias resistentes à eles..e, portanto...perigosíssimas. A penicilina que foi um dos maiores presentes da medicina para a humanidade, é hoje acusada de criar “supermicróbios” capazes de destruí-la ou afetá-la”

O equilíbrio deveria ser a única coisa que nós humanos poderíamos ter em excesso. O que é que nos asfixia hoje? O excesso de compromissos?

Excesso de informações?

Excesso de pressões sociais...metas...cobranças...competição...necessidade de nos atualizarmos e sempre dar um jeitinho de ganhar mais?

Somos a sociedade dos excessos!

Por um tempo...esses excessos invadiram meu estilo de vida...e a conseqüência foi, assim como no caso dos antibióticos...desastrosas.

Precisei desesperadamente cortar os excessos em minha vida...mesmo que eu isso me fizesse perder dinheiro e diminuísse meu status. Foi necessário coragem.

Larguei o emprego de dois horários...meu salário caiu pela metade. Minha esposa não suportou a mudança de padrão e tratou logo de “pular do barco”.

Mas hoje eu tenho mais tempo para mim. Posso ver meus filhos quando quiser. Posso estudar. Posso me dedicar à leitura como sempre gostei de fazer. Posso praticar a introspecção e periodicamente fazer uma auto-crítica. Os cortes causaram um choque muito grande num primeiro momento, mas depois, eu pude colher os frutos de uma vida sem excessos.

“A vida se extingue rapidamente nos braços do tempo. Vivê-la lenta e deslumbradamente, é, e sempre será o grande desafio do ser humano...que não é imortal”.

Edson Moura

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