sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Provocador 0029

“Crença é como homeopatia, pode até curar, mas demora o dobro de tempo. Religião é como quimioterapia, ela pode resolver um problema, mas também pode causar um milhão de outros. Ateísmo é como glicose na veia de um bêbado. De uma hora para outra ele fica lúcido.”
O Provocador

O Provocador 0029

“Crença é como homeopatia, pode até curar, mas demora o dobro de tempo. Religião é como quimioterapia, ela pode resolver um problema, mas também pode causar um milhão de outros. Ateísmo é como glicose na veia de um bêbado. De uma hora para outra ele fica lúcido.”
O Provocador

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O Provocador 0028

Um Crente, cheio de boa vontade pediu que colocasse o meu nome no livro de orações de sua igreja. Obviamente não o fiz, pois sou ateu. Ao que ele me perguntou o porquê. Então respondi: Dezenas de mãos orando, jamais farão aquilo que somente duas mãos trabalhando podem fazer.”
O Provocador

O Provocador 0028

“Um Crente, cheio de boa vontade pediu que colocasse o meu nome no livro de orações de sua igreja. Obviamente não o fiz, pois sou ateu. Ao que ele me perguntou o porquê. Então respondi: Dezenas de mãos orando, jamais farão aquilo que somente duas mãos trabalhando podem fazer.”
O Provocador

O Provocador 0027

“Lendo alguns artigos sobre religião, fica impossível não fazer comparações, por exemplo: Um metafísico é um cego que está num quarto escuro procurando um gato preto que não existe. E um teólogo, mais precisamente um pastor, é o tipo de cara que encontra o gato. Já o ateu, é só o sujeito que carrega uma lanterna”

O Provocador

O Provocador 0027

“Lendo alguns artigos sobre religião, fica impossível não fazer comparações, por exemplo: Um metafísico é um cego que está num quarto escuro procurando um gato preto que não existe. E um teólogo, mais precisamente um pastor, é o tipo de cara que encontra o gato. Já o ateu, é só o sujeito que carrega uma lanterna”

O Provocador

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Apenas um sorriso

Por Edson Moura

Um piloto de caça, durante o período da Segunda Guerra Mundial, foi capturado pelo inimigo após seu avião ser abatido e milagrosamente sair sem um aranhão. Foi lançado numa cela de prisão. Todos os carcereiros o olhavam com desdém e era tratado de forma rude pelos mesmos. Sua execução estava marcada para o dia seguinte à sua captura e pretendo contar á vocês leitores o incrível desfecho desta tragédia.

Ele tinha certeza que seria morto. Ficou terrivelmente perturbado e nervoso. Remexeu nos bolsos em busca de um cigarro que, “Deus quisera”, tivesse escapado à revista. Encontrou apenas um, mas como as mãos estavam trêmulas de medo, mal podia levá-lo aos lábios. O pânico se abateu quando ele percebeu que não tinha fósforos, estes foram levados na revista.

Olhou através das grades para o carcereiro. Ele não correspondeu ao olhar do rapaz condenado, afinal, não se estabelece contato com uma “coisa”, um cadáver. Ele então gritou para o homem: “Tem fogo, por favor?!”. O carcereiro olhou para ele, deu de ombros e caminhou até a direção do rapaz. Ao se aproximar e sacar uma caixinha de fósforos, os olhares dos dois inadvertidamente se cruzaram. Naquele momento o rapaz sorriu.

Nem ele mesmo sabe por que fez aquilo. Talvez por nervosismo, talvez porque, quando se está realmente perto de alguém, é muito difícil não sorrir. Em todo caso, ele sorriu. Naquele instante, foi como se uma faísca saltasse no espaço entre os corações dos dois homens, entre suas almas. Não foi proposital, mas o sorriso do rapaz “saltou” por entre as grades e gerou um sorriso nos lábios do carcereiro também. Ele acendeu o cigarro do rapaz, mas permaneceu por perto, olhando-o diretamente nos olhos e continuando a sorrir.

O Jovem rapaz continuou a sorrir, agora consciente da pessoa e não apenas do carcereiro que o mantinha preso. O olhar do carcereiro parecia também ter uma nova dimensão. Você tem filhos? Perguntou o carcereiro.

Sim, aqui, aqui! Disse o rapaz tirando a carteira e procurando nervosamente a fotografia de seus filhos e sua esposa. O Homem também puxou a fotos de seus garotos e começou a falar sobre seus planos para eles. Os olhos do rapaz encheram-se de lágrimas. Confidenciou ao carcereiro que temia nunca mais vê-los novamente, nunca ter a chance de vê-los crescer. Algo parecido com Lágrimas também aflorou nos olhos do carcereiro.

De repente, sem qualquer palavra, o homem destrancou a cela do rapaz e silenciosamente o conduziu para fora. Passou por corredores escuros e deu de cara com um pátio. O Jovem pensou: Minha vida foi salva por um sorriso, apenas um sorriso. Seu coração batia acelerado ao passo em que caminhava em direção à sua liberdade.

Deu mais alguns passos e olhou para trás, o carcereiro havia parado. Podia ouvir os passos dos soldados marchando em sua direção. Uma venda lhe foi oferecida, e, ao colocá-la, ouviu a voz do carcereiro:

Perdeu playboy, sua execução foi antecipada!

O Provocador 0026

“Algumas pessoas têm medo de enfrentar desafios, de inovar, de arriscar tudo em busca de um objetivo, sem receio de fracassar. É claro que algumas coisas podem até chegar àqueles que esperam inertes, acomodados, vacilantes, mas serão somente os restos daqueles valentes que ousaram lutar.”
O Provocador

O Provocador 0026

“Algumas pessoas têm medo de enfrentar desafios, de inovar, de arriscar tudo em busca de um objetivo, sem receio de fracassar. É claro que algumas coisas podem até chegar àqueles que esperam inertes, acomodados, vacilantes, mas serão somente os restos daqueles valentes que ousaram lutar.”
O Provocador

O Provocador 0025

“Nunca faço elogios diretos, faço-os de forma velada. O simples fato de eu não criticá-lo pode ser considerado um elogio. Sei que estou errado, compreendo que os elogios devem ser feitos no momento em que a pessoa os mereceu. Não ouvi falar de ninguém que levantou-se para ler o que escreveram em sua lápide.”
O Provocador

O Provocador 0025

“Nunca faço elogios diretos, faço-os de forma velada. O simples fato de eu não criticá-lo pode ser considerado um elogio. Sei que estou errado, compreendo que os elogios devem ser feitos no momento em que a pessoa os mereceu. Não ouvi falar de ninguém que levantou-se para ler o que escreveram em sua lápide.”
O Provocador

O Provocador 0024

"Nem sempre poderemos ganhar. Arrisco dizer que na maioria das vezes perderemos. A magia está no que fazemos durante o desafio, como nos comportaremos. Se você acha que não pode chegar em primeiro lugar, pelo menos faça de tudo para que aquele que está na sua frente bata o recorde.”
O Provocador

O Provocador 0024

"Nem sempre poderemos ganhar. Arrisco dizer que na maioria das vezes perderemos. A magia está no que fazemos durante o desafio, como nos comportaremos. Se você acha que não pode chegar em primeiro lugar, pelo menos faça de tudo para que aquele que está na sua frente bata o recorde.”
O Provocador

O Provocador 0023

“Só falam, pouco escutam, sentem-se os coitados, sempre as vitimas. Poderiam usar o potencial que possuem, para mudar de vida. Optam por amaldiçoar a escuridão, quando poderiam apenas acender uma luz. Geralmente os tonéis vazios são os que mais barulho fazem.”
O Provocador

O Provocador 0023

“Só falam, pouco escutam, sentem-se os coitados, sempre as vitimas. Poderiam usar o potencial que possuem, para mudar de vida. Optam por amaldiçoar a escuridão, quando poderiam apenas acender uma luz. Geralmente os tonéis vazios são os que mais barulho fazem.”
O Provocador

O Provocador 0022

“Tão pequena, tão precisa. Destrói vidas, constrói amizades. Engana, mente, elogia, agride. Engana elogiando e humilha mentindo ou, às vezes, falando a verdade. A língua, essa ferramenta cortante, é o único instrumento que, quanto mais se usa, mais afiado fica.”
O Provocador

O Provocador 0022

“Tão pequena, tão precisa. Destrói vidas, constrói amizades. Engana, mente, elogia, agride. Engana elogiando e humilha mentindo ou, às vezes, falando a verdade. A língua, essa ferramenta cortante, é o único instrumento que, quanto mais se usa, mais afiado fica.”
O Provocador

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mudar pra quê?


Por Edson Moura

Medrios estava deitado de lado, super cansado, a uma pequena distancia do moinho. Apenas o som abafado de sua respiração ofegante quebrava o silêncio da manhã. Vagamente Medrios conseguia recordar da onda de adrenalina que há tanto tempo acompanhara seus primeiros passos enérgicos em direção à linha de chegada, que imaginava ele, estava logo à sua frente. Ele não conseguia mais se lembrar de quando de fato começara a correr, e nem o porquê estivera correndo. Fora tão excitante no começo, mas de repente, ao longo do trajeto, a euforia tinha sido substituída pela exaustão, e uma sensação de amortecimento acabara com toda a esperança: não existia uma linha de chegada.

Deitado ali sobre a palha úmida e com cheiro de urina, Medrios fechou os olhos e esperou que sua respiração lentamente voltasse ao normal. Nesse raro momento de inatividade, sentiu o cheiro da realidade do mundo à sua volta pela primeira vez em muito tempo. Perscrutou tudo aquilo em pensamento, mas apenas por um brevíssimo momento, pois o som que vinha do moinho chamou sua atenção, fazendo-o abrir os olhos. Virou a cabeça na direção do som e ainda pode ver o instante em que a imensa roda do moinho rangia enquanto parava.

Sentou- se vagarosamente e olhou para a máquina que tanto dominara a sua vida. Uma voz interior dizia: “Esse moinho está te matando Medrios”, era uma voz familiar que lhe falava lá do fundo do coração. “Não desperdice nem mais um momento nessa corrida”, insistia a voz enquanto ele bebia um grande gole de água fresca que havia na fonte ao seu lado. Devia haver mais coisas na vida do que a máquina oferecia. A água fresca lhe devolveu as forças e sua respiração já estava normal. Sentiu-se refrescado. Talvez pudesse começar uma vida nova, pensou. Talvez hoje mesmo! Mas como? O que poderia fazer a seguir? Pra onde iria? Que alvos buscaria? Já nem sei há quanto tempo minha vida está assim.

Bem, aquelas decisões poderiam ser tomadas mais tarde. No momento, Medrios sentia-se um pouco assustado com a perspectiva de mudanças. Até que pudesse elaborar os detalhes de sua nova empreitada, ficaria com o que lhe parecia conhecido, verdadeiro e seguro. Assim, ainda sonhando com as coisas que poderiam acontecer, inconscientemente subiu na roda do moinho pela milésima vez em sua efêmera vida. Não demorou muito para ouvir o zumbido hipnotizador do moinho ganhando velocidade e o reflexo da luz passando pelos raios da roda. A dor foi bloqueada. A angústia já não mais incomodava Medrios. A liberdade e a aventura poderiam esperar. Aquela roda não exigia riscos, nem raciocínio, nem pensamento. Poderia viver suas aventuras mais tarde. No momento, só era preciso correr.

Conto a história de Medrios apenas para traçar um paralelo com a vida de muitos homens e mulheres no século XXI. Vivem presos numa roda de monotonia e conformismo. Trancafiados em crenças e religiões de seus avós e dos avós de seus avós. Pessoas assim percebem apenas vislumbres das verdadeiras possibilidades e oportunidades que a vida tem para oferecer. Oportunidades essas que certamente serão perdidas, pois muitos vivem num circulo vicioso.

Manter a roda girando os deixa ocupados demais para planejar uma mudança significativa. Preferem continuar girando a roda que não leva a lugar nenhum. Mudar aquilo que sempre foi de determinado jeito é desafio para os bravos. Além do mais, traçar um novo rumo para um futuro desconhecido é assustador, e a vida rotineira, embora enfadonha, é muito mais segura.

Esqueci de dizer: Medrios é só o hamster de um garotinho que conheci.

Edson Moura

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Insight - Daniel de Carvalho Luz

Resumo do Livro:

Primoroso na seleção dos pensamentos e na abordagem de cada um, o autor buscou reunir temas que motivem as pessoas a ter atitudes positivas em todos os campos de sua vida.
Este livro contém 63 reflexões sobre sucesso, fracasso, família, qualidade de vida, ética, superação de desafios e muitos outros assuntos de aplicação prática no dia-a-dia. O autor trata cada assunto com seriedade e profundidade, motivando sempre o leitor a criar um estado de auto-reflexão, para encontrar em cada situação uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional, sempre com atitudes criativas e vitoriosas.




Título: Livro - Insight


Páginas: 270



Edição: 3



Tipo de capa :BROCHURA


Ano: 1999

Assunto: Crenças-Auto-Ajuda

Idioma: Português

O Provocador 0021

“Errar é humano, sabemos disso, e sempre podemos apagar e reescrever nossos fracassos e enganos. Mas quando a borracha está mais gasta do que o lápis, devemos compreender que já estamos ultrapassando o nível aceitável de mancadas. Erros são os maiores aliados da ciência. Nunca erra quem não faz nada.”
O Provocador

O Provocador 0021

“Errar é humano, sabemos disso, e sempre podemos apagar e reescrever nossos fracassos e enganos. Mas quando a borracha está mais gasta do que o lápis, devemos compreender que já estamos ultrapassando o nível aceitável de mancadas. Erros são os maiores aliados da ciência. Nunca erra quem não faz nada.”
O Provocador

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Psicologia reversa


Por Noreda Somu Tossan

Em 15 de Junho de 2011, o Supremo Tribunal Federal julgou lícitas as manifestações populares nomeadas marchas da maconha, contemplando os direitos constitucionais de reunião e livre expressão.

Tais movimentos sociais questionam o caráter moralista e estigmatizador do discurso antidrogas e os marcos legais de criminalização do uso da maconha. Embora o tema desperte polêmica e reações apaixonadas, não só de usuários, a questão das drogas exige sobriedade e raciocínio lógico para enxergar além dos riscos.

Estudos sociológicos recentes consideram a reclassificação de psicoativos e redirecionam o debate para os conceitos de abuso e compulsão, indicando a necessidade de pensar os significados sociais dos usos de drogas para nortear políticas e ações de prevenção, de redução de danos e recuperação de dependentes.

Paralelamente , levantam-se discussões acerca das drogas lícitas, como álcool e cigarros, e de comportamentos compulsivos, igualmente causadores de desajuste, desagregação e degradação social de indivíduos possuidores de vícios ou distúrbios.

Desde a década de 1960, os sucessivos Governos dos Estados Unidos que para eliminar o consumo era necessário romper o ciclo das drogas, ou seja: combater o cultivo, interceptar o tráfico, dificultar o acesso às drogas para que, ao final, em conseqüência dos preços elevados ante as ações repressivas ao tráfico, o consumidor fosse obrigado a desistir do consumo de drogas ilícitas.

Para executar cada uma dessas ações, os governos têm investido cifras absurdas na ampliação dos quadros militares e na compra de sofisticados instrumentos de tecnologia militar. Na América Latina países como Colômbia e México têm sido os mais fiéis seguidores da cartilha Americana de guerra contra o narcotráfico. No entanto, os resultados infelizmente não têm sido os esperados.

Embora esses países tenham alcançado certo controle da situação, a produção e tráfico de drogas não têm sofrido mudanças significativas que coíbam a procura dos usuários CPOR drogas ilícitas. O narcotráfico tem fôlego porque é rentável e é óbvio, por que existem consumidores à procura de drogas. Acredito que no momento em que o estado assumir o monopólio das drogas, o narcotráfico deixará de ser uma pratica lucrativa e, em conseqüência disso, o estado poderá dispor de recursos suficientes para criar ações de saúde pública orientadas à prevenção ou tratamento da dependência química.

Para tanto será necessário quebrar tabus e desconstruir o “mito da drogas” e rasgar a “cartilha” de guerra contra o narcotráfico veiculada pelos Estados Unidos. Como anunciou recentemente a Comissão Global da ONU sobre as Drogas, se os Governos não tomam decisões racionais, baseadas em princípios lógicos, o problema das drogas tende a se agravar e a ocasionar conseqüências ainda mais catastróficas do que as que já se apresentam na sociedade.

Noreda Somu Tossan

sábado, 17 de setembro de 2011

O Provocador 0020

“Quando uma águia empurra gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. Seu coração maternal certamente se acelera com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que  percebe a resistência dos filhotes aos seus persistentes cutucões. Por que será que a emoção de voar sempre é precedida pelo medo de cair?”
O Provocador

O Provocador 0020

“Quando uma águia empurra gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. Seu coração maternal certamente se acelera com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que  percebe a resistência dos filhotes aos seus persistentes cutucões. Por que será que a emoção de voar sempre é precedida pelo medo de cair?”
O Provocador

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O provocador 0019

“Jesus era conhecido em toda Galiléia, fez milagres em plena luz do dia, pregava nas sinagogas, andava na casa de um e de outro, batia de frente com os líderes fariseus, ou seja, figurinha carimbada na Palestina. Por que diabos então Judas precisou identificá-lo com um beijo? Historinha mais mal contada esta.”
O Provocador

O provocador 0019

“Jesus era conhecido em toda Galiléia, fez milagres em plena luz do dia, pregava nas sinagogas, andava na casa de um e de outro, batia de frente com os líderes fariseus, ou seja, figurinha carimbada na Palestina. Por que diabos então Judas precisou identificá-lo com um beijo? Historinha mais mal contada esta.”
O Provocador

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O provocador 0018

“A raiva é um tipo de ácido que pode causar mais danos ao recipiente que a carrega do que à superfície em que for derramada. Quanta mentira! A raiva manifestada sobre nosso detrator o fere,  e por ser um ácido, lava-nos a alma.”
O Provocador

O provocador 0018

“A raiva é um tipo de ácido que pode causar mais danos ao recipiente que a carrega do que à superfície em que for derramada. Quanta mentira! A raiva manifestada sobre nosso detrator o fere,  e por ser um ácido, lava-nos a alma.”
O Provocador

O provocador 0017

“Para que serve aquele aparelhinho que vemos nos painéis dos taxis? Já sei. Deve servir para mostrar a rapidez com que você não está chegando ao seu destino. Bando de ladrões é o que são.”

O Provocador

O provocador 0017

“Para que serve aquele aparelhinho que vemos nos painéis dos taxis? Já sei. Deve servir para mostrar a rapidez com que você não está chegando ao seu destino. Bando de ladrões é o que são.”

O Provocador

O provocador 0016

“Se eu vir um homem que não pode se dar ao trabalho de fazer coisas pequenas, estarei  vendo ao mesmo tempo um homem que nunca fará coisas grandes. Todos querem chegar ao topo, mas ninguém quer começar nos pés da montanha.”

O Provocador

O provocador 0016

“Se eu vir um homem que não pode se dar ao trabalho de fazer coisas pequenas, estarei  vendo ao mesmo tempo um homem que nunca fará coisas grandes. Todos querem chegar ao topo, mas ninguém quer começar nos pés da montanha.”

O Provocador

O provocador 0015

“Calamidade. O que é? É a prova cabal de que as contingências da vida não dependem em absolutamente nada de nós. Há duas espécies de desgraça que nos atinge a todos. A nossa própria, e a felicidade do outro. Igualmente há duas tragédias. Não atingir nosso objetivo, e a outra, ver que o outro atingiu o dele.”

O Provocador

O provocador 0015

“Calamidade. O que é? É a prova cabal de que as contingências da vida não dependem em absolutamente nada de nós. Há duas espécies de desgraça que nos atinge a todos. A nossa própria, e a felicidade do outro. Igualmente há duas tragédias. Não atingir nosso objetivo, e a outra, ver que o outro atingiu o dele.”

O Provocador

O provocador 0014

“Nunca devemos deixar que uma tentação passe por nós sem que tiremos o máximo de proveito dela. Pode ser que ela nunca mais trafegue pelo mesmo caminho, e você terá perdido sua chance de se dar bem. Seja uma mulher, uma maleta de dinheiro dando sopa, ou até mesmo a chance de matar seu inimigo.”

O Provocador

O provocador 0014

“Nunca devemos deixar que uma tentação passe por nós sem que tiremos o máximo de proveito dela. Pode ser que ela nunca mais trafegue pelo mesmo caminho, e você terá perdido sua chance de se dar bem. Seja uma mulher, uma maleta de dinheiro dando sopa, ou até mesmo a chance de matar seu inimigo.”

O Provocador

O provocador 0013

“A tão procurada liberdade, que tantos dizem ter encontrado nos supõe responsabilidades mil. Acredito que seja por isso que muitos homens a evitem tanto. Covardes são todos aqueles que não ousam soltar as amarras do criador e enfrentar o mundo como se seus atos fossem de sua única e total responsabilidade”

O provocador

O provocador 0013

“A tão procurada liberdade, que tantos dizem ter encontrado nos supõe responsabilidades mil. Acredito que seja por isso que muitos homens a evitem tanto. Covardes são todos aqueles que não ousam soltar as amarras do criador e enfrentar o mundo como se seus atos fossem de sua única e total responsabilidade”

O provocador

O provocador 0012

“Se todo brasileiro se calasse e não dissesse tudo aquilo que deve dizer, deveríamos tratar este pobre país como o maior instituto de surdos mudos do mundo. Falo o que penso, sem medo de ser chamado de racista, amoral ou cruel. Se minha crítica não acabar com você, certamente o deixará indestrutível.”

O Provocador

O provocador 0012

“Se todo brasileiro se calasse e não dissesse tudo aquilo que deve dizer, deveríamos tratar este pobre país como o maior instituto de surdos mudos do mundo. Falo o que penso, sem medo de ser chamado de racista, amoral ou cruel. Se minha crítica não acabar com você, certamente o deixará indestrutível.”

O Provocador

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O provocador 0011

“Para efeito de desburocratização, a Receita Federal deveria simplificar o formulário de Declaração de Renda para o seguinte: 1º: Quanto ganhou seu panaca? 2º Quanto gastou seu trouxa? 3º Quanto sobrou seu idiota? 4º Recolha esta importância seu burro. Quem não sonega é mesmo burro. Caixa dois é necessário.”

O Provocador

O provocador 0011

“Para efeito de desburocratização, a Receita Federal deveria simplificar o formulário de Declaração de Renda para o seguinte: 1º: Quanto ganhou seu panaca? 2º Quanto gastou seu trouxa? 3º Quanto sobrou seu idiota? 4º Recolha esta importância seu burro. Quem não sonega é mesmo burro. Caixa dois é necessário.”

O Provocador

O provocador 0010

“É uma merda mesmo! O Ministro Pedro Novais usa dinheiro público para pagar motorista para a mulher, e também à governanta de sua casa. Quem pode reclamar? Já faz parte da nossa cultura. O Sarney não usa o helicóptero de socorro para ir até sua ilha particular? Bando de 'filhos da puta'... eles, e nós que permitimos.”

O Provocador

O provocador 0010

“É uma merda mesmo! O Ministro Pedro Novais usa dinheiro público para pagar motorista para a mulher, e também à governanta de sua casa. Quem pode reclamar? Já faz parte da nossa cultura. O Sarney não usa o helicóptero de socorro para ir até sua ilha particular? Bando de 'filhos da puta'... eles, e nós que permitimos.”

O Provocador

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O provocador 0009

“Toda vez que penso no meu passado, é como se eu mesmo roubasse metade do meu presente. Da mesma forma, quando procuro pensar no meu futuro, sinto que a outra metade me está sendo roubada. Deixo então o presente caminhar com vagar, quem sabe assim terei um futuro.”
O Provocador

O provocador 0009

“Toda vez que penso no meu passado, é como se eu mesmo roubasse metade do meu presente. Da mesma forma, quando procuro pensar no meu futuro, sinto que a outra metade me está sendo roubada. Deixo então o presente caminhar com vagar, quem sabe assim terei um futuro.”
O Provocador

O provocador 0008

“Sou mais feliz ao me preparar para a certeza de que uma desgraça pode se abater sobre mim do que acreditando que incerteza de uma felicidade prometida por Deus algum dia me alcançará. Sem fé eu acredito na vida real, enquanto outros fingem não se angustiar ao pensar se sua fé o levará a algum lugar.”
O Provocador

O provocador 0008

“Sou mais feliz ao me preparar para a certeza de que uma desgraça pode se abater sobre mim do que acreditando que incerteza de uma felicidade prometida por Deus algum dia me alcançará. Sem fé eu acredito na vida real, enquanto outros fingem não se angustiar ao pensar se sua fé o levará a algum lugar.”
O Provocador

O provocador 0007

“Não gosto de elogios, aliás, eu os considero como moedas falsas. Infelizmente elas continuarão circulando, graças à vaidade que muitos insistem em abrigar em seus egos. Portanto, sempre que me elogiarem, darei como troco um sorriso irônico, que é a forma mais antiga e mais terrível de crítica.”
O provocador

O provocador 0007

“Não gosto de elogios, aliás, eu os considero como moedas falsas. Infelizmente elas continuarão circulando, graças à vaidade que muitos insistem em abrigar em seus egos. Portanto, sempre que me elogiarem, darei como troco um sorriso irônico, que é a forma mais antiga e mais terrível de crítica.”
O provocador

O provocador 0006

“Liberdade sempre será uma escolha muito perigosa, mas se a compararmos com a vida que um cristão leva, sempre preso à sua ilusão de proteção e limitado em suas opções, perceberemos que o risco da vida desprotegida é a escolha mais segura que o homem pode fazer. Viva a liberdade existencialista.”
O Provocador

O provocador 0006

“Liberdade sempre será uma escolha muito perigosa, mas se a compararmos com a vida que um cristão leva, sempre preso à sua ilusão de proteção e limitado em suas opções, perceberemos que o risco da vida desprotegida é a escolha mais segura que o homem pode fazer. Viva a liberdade existencialista.”
O Provocador

O provocador 0005

“Um idiota pobre sempre será apenas um idiota. Um idiota rico será sempre um rico. Quando é que você vai perceber que o dinheiro também compra sua ascensão ao mundo dos gênios? Quando é que você vai se revoltar contra o dinheiro do rico idiota que deixou você lá embaixo.”
O Provocador

O provocador 0005

“Um idiota pobre sempre será apenas um idiota. Um idiota rico será sempre um rico. Quando é que você vai perceber que o dinheiro também compra sua ascensão ao mundo dos gênios? Quando é que você vai se revoltar contra o dinheiro do rico idiota que deixou você lá embaixo.”
O Provocador

O provocador 0004

“Atenção seu idiota! Aprenda a tratar suas idéias como se fossem filhotes de peixe. Atiramo-los nos rios, boa parte certamente morrerá, mas esta pequena parte que conseguir vencer os obstáculos será suficiente para perpetuar a espécie. Mas se suas idéias são idiotas como você, é melhor matá-las antes que eclodam.”
O Provocador

O provocador 0004

“Atenção seu idiota! Aprenda a tratar suas idéias como se fossem filhotes de peixe. Atiramo-los nos rios, boa parte certamente morrerá, mas esta pequena parte que conseguir vencer os obstáculos será suficiente para perpetuar a espécie. Mas se suas idéias são idiotas como você, é melhor matá-las antes que eclodam.”
O Provocador

O provocador 0003

“Entregues ao acaso, assim estão todos os homens. Alguns tem sorte, outros azar e, semelhante as flores que podem tanto enfeitar a vida como também a morte, o homem deve saber apreciar aquilo que a vida lhe concedeu e, se tiver forças, lutar para mudar seu triste viver”
O Provocador

O provocador 0003

“Entregues ao acaso, assim estão todos os homens. Alguns tem sorte, outros azar e, semelhante as flores que podem tanto enfeitar a vida como também a morte, o homem deve saber apreciar aquilo que a vida lhe concedeu e, se tiver forças, lutar para mudar seu triste viver”
O Provocador

O provocador 0002

“No limitado mundo em que vivem as crianças, não há nada que elas percebam com mais agudez e sintam mais profundamente do que a injustiça. Por isto crescem e tornam-se injustas e más como seus pais, apenas para compensar seus prejuízos. Quem irá condenar estes adultos? Você? Acho que não!”
O Provocador

O provocador 0002

“No limitado mundo em que vivem as crianças, não há nada que elas percebam com mais agudez e sintam mais profundamente do que a injustiça. Por isto crescem e tornam-se injustas e más como seus pais, apenas para compensar seus prejuízos. Quem irá condenar estes adultos? Você? Acho que não!”
O Provocador

O provocador 0001

“Nas horas mais dolorosas de nossas vidas, só duas coisas podem nos fornecer um certo consolo: as verdadeiras afeições, que apenas nos ajudam a sofrer, e Deus, que dá uma explicação para o sofrimento e até promete uma recompensa. Como este segundo argumento é falso... saiba que você está fodido.”
O Provocador

O provocador 0001

“Nas horas mais dolorosas de nossas vidas, só duas coisas podem nos fornecer um certo consolo: as verdadeiras afeições, que apenas nos ajudam a sofrer, e Deus, que dá uma explicação para o sofrimento e até promete uma recompensa. Como este segundo argumento é falso... saiba que você está fodido.”
O Provocador

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A primeira mentira sempre nos deixa a um passo da segunda

Por Edson Moura

Ser alguém, alguém importante, é o desejo de todo homem. Uma tarefa deveras difícil devo dizer, pois o mundo em que vivemos é tão competitivo que precisamos muitas vezes apelar para nossas imaginações, criando assim, uma personalidade que possivelmente nos baterá na face cedo ou tarde. É como um pai, desejando chamar a atenção de seu filho, inventa estórias para atraí-lo. Atitudes assim parecem ser tão inocentes, tão isentas de maldade, que não nos damos conta quando o abismo chamado mentira precipita a confiança que tínhamos de nossos filhos.

Transparência é a mais bela cor que nossos filhos devem ver em nossas performances. Me apavora pensar que meus filhos, por minha culpa, mintam para seus amigos dizendo que o pai dele é um dos maiores sommelieres de São Paulo, que atende celebridades em seu restaurante, e que as pessoas fazem fila para serem atendidas por ele. O choque para uma criança, que vê a verdade emergir em plena sala de aula, quando seus amiguinhos o desmascaram é massacrante.

A frustração se apossará de sua pequena alma. A decepção com a figura paterna demorará anos para passar, e talvez nunca passe. Imagino os filhos de muitos políticos que aparecem na mídia, com suas fotos estampadas na primeira página de jornais, escândalos de corrupção, crimes contra a sociedade, sociedade esta da qual fazem parte os pais dos colegas de escola. Quem poderá calcular o tamanho da vergonha que sentirão? Qual psicólogo vai conseguir devolver a esta criança a confiança em seu pai? Contará ele também mentiras? Possivelmente.

Um jogos de espelhos sem igual, isso é o que é. Às vezes somos enganados também, é sem querer passamos adiante algo que não é verdade. E como uma bola de neve que não para de crescer à medida em que desce a montanha, a estória viaja pelo mundo, pelo nosso pequeno mundinho. Já disseram que uma mentira dá a volta ao mundo mesmo antes de a verdade vestir os sapatos, e isto é uma verdade. Invariavelmente um dia a verdade aparecerá, e se isso não acontecer é porque o seu criador viveu intensamente tentando proteger daqui e dali seu conto. Uma vida de preocupação, um eterno caminhar em ovos, esquivando-se constantemente de situações que possam comprometê-lo.

Uma luta sem contra a famosíssima “Lei de Murph” . Este adágio popular da cultura ocidental que afirma que se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará, ou, se há mais de uma maneira de se executar uma tarefa ou trabalho, e se uma dessas maneiras resultar em catástrofe ou em conseqüências indesejáveis, certamente essa será a maneira escolhida por alguém para executá-la. Ela é comumente citada (ou abreviada) por "Se algo pode dar errado, dará" ou ainda "Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível". Assim, inutilmente, tentamos burlar os acontecimentos.

Portanto, o melhor a fazer é evitar os exageros. Não colocar glamour demais em “causos” que contamos, para que não caiamos na ingênua crença de que crimes perfeitos existam. Falem a verdade para seus filhos e amigos, mesmo que a verdade às vezes o coloque bem lá embaixo, e a admiração por você não seja a principal característica de seus companheiros. Fazendo isso, é bem possível que seja admirado um dia, principalmente quando seus filhos crescerem e entenderem que seu pai nunca foi bonito, rico, e importante, mas foi honesto consigo mesmo, sendo esta a única obrigação de um ser humano.

Um ótimo exemplo disso que vos escrevo está bem explicitado no filme “O resgate de um campeão”, estrelado por Josh hartnett e Samuel L. Jackson, baseado numa história real. Quem puder assistir, eu recomendo, é lindo o filme.

Edson Moura





sábado, 10 de setembro de 2011

Ficções - Jorge Luis Borges

Resumo do Livro:

Ficções reúne os contos publicados por Borges em 1941 sob o título de O jardim de veredas que se bifurcam (com exceção de "A aproximação a Almotásim", incorporado a outra obra) e outras dez narrativas com o subtítulo de Artifícios. Nesses textos, o leitor se defronta com um narrador inquisitivo que expõe, com elegância e economia de meios, de forma paradoxal e lapidar, suas conjecturas e perplexidades sobre o universo, retomando motivos recorrentes em seus poemas e ensaios desde o início de sua carreira: o tempo, a eternidade, o infinito.

Os enredos são como múltiplos labirintos e se desdobram num jogo infindável de espelhos, especulações e hipóteses, às vezes com a perícia de intrigas policiais e o gosto da aventura, para quase sempre desembocar na perplexidade metafísica. Chamam a atenção a frase enxuta, o poder de síntese e o rigor da construção, que tem algo da poesia e outro tanto da prosa filosófica, sem nunca perder o humor desconcertante.

Em Ficções estão alguns de seus textos mais famosos, como "Funes, o Memorioso", cujo protagonista tinha "mais lembranças do que terão tido todos os homens desde que o mundo é mundo"; "A biblioteca de Babel", em que o universo é equiparado a uma biblioteca eterna, infinita secreta e inútil; "Pierre Menard, autor do Quixote", cuja "admirável ambição era produzir páginas que coincidissem palavra por palavra e linha por linha com as de Miguel de Cervantes"; e "As ruínas circulares", em que o protagonista quer sonhar um homem "com integridade minuciosa e impô-lo à realidade e no final compreende que ele também era uma aparência, que outro o estava sonhando".

Sobre o Autor:
Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de agosto de 1899 — Genebra, 14 de junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino. Em 1914 sua família se mudou para Suíça, onde ele estudou e viajou para a Espanha. Em seu retorno à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prêmio internacional de editores, o Prêmio Formentor.
Seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente no Estados Unidos e Europa. Borges era fluente em várias línguas.
Sua obra abrange o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. Seus trabalhos têm contribuído significativamente para o gênero da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro". Os poemas de seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
Sua fama internacional foi consolidada na década de 1960, ajudado pelo "boom latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez. Para homenagear Borges, em O Nome da Rosa, um romance de Umberto Eco, há o personagem Jorge de Burgos, que além da semelhança no nome é cego assim como Borges, foi ficando ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que serve como plano de fundo do livro é inspirada no conto de Borges A Biblioteca de Babel (Uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo).











Título: Ficções

ISBN: 9788535911237

Páginas: 176

Edição: 7ª

Tipo de capa: BROCHURA


Editora: Companhia das Letras


Ano: 2007

Assunto: Literatura Estrangeira-Contos E Cronicas

Idioma: Português


Onde comprei: Red Star

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A pílula da felicidade

Por Noreda Somu Tossan

Uma das melhores coisas que a filosofia despertou em mim, foi a capacidade de questionar. Não só questionar para poder debater com amigos e outros blogueiros, mas sim, avaliar tudo aquilo que vejo e depois digerir este conteúdo e quando possível, escrever sobre ele com minhas próprias palavras. Uma dessas maravilhas é a capacidade de não mais assistir a um filme e não fazer uma avaliação crítica de seu conteúdo. Pois bem, assisti recentemente a um filme chamado “Sem limites”, onde um jovem escritor com bloqueio criativo se vê desesperado por não conseguir escrever seu livro.

Casualmente ele encontra um amigo que lhe oferece uma pílula misteriosa, e daí para frente tudo em sua vida muda. Sua capacidade cognitiva é elevada ao extremo e sua cabeça se torna um turbilhão. Me perguntei se esta pílula seria possível com os avanços na área da farmacologia e neurociência. Pesquisei aqui e ali e quero fazer um breve relato sobre os males e os benefícios dos avanços da tecnologia. Boa leitura.

Muito antes de Heidegger formular sua crítica romântica à tecnologia e nos falar de niilismo, o sociólogo alemão Max Weber já preconizava que a época moderna se caracterizaria pelo desencantamento do mundo. Desencantar-se é uma característica inevitável do processo de racionalização provocado pela ciência e pelo surgimento das sociedades industriais. A nova imagem do mundo que se consolidou ao longo século XX visou aniquilar com a religião e com tudo que poderia haver de mágico na nossa concepção de universo.

No século XXI assistimos a mais um passo nessa direção: o desencantamento do "eu". As novas ciências, em especial a neurociência, nos convidam a abandonar a imagem do ser humano como criatura dotada de uma alma imortal, que seria uma centelha do divino. Temos todos um cérebro igual, de onde se quer inferir que somos todos iguais. Mas isso pode soar tão absurdo como querer dizer que o cardápio de todos os restaurantes do mundo deveria ser igual porque o estômago humano é igual em todos os lugares e culturas.

O desencantamento do “eu” visa à dissolução da subjetividade. A ciência estaria tentando profanar um dos últimos bastiões da Religião e da Filosofia ao buscar uma explicação científica da natureza da consciência humana. Contra essa iniciativa, que parece tão drástica, mas, ao mesmo tempo reconhecida como inexorável, cada vez mais surgem grupos humanos que se agarram às crenças mais bizarras ou à fé fundamentalista. O fundamentalismo seja religioso ou político, tornou-se uma marca da vida contemporânea tanto quanto a ciência, embora se alastre predominantemente nas sociedades pré-tecnológicas do terceiro mundo.

Essa avalanche sobre o “eu”, protagonizada pela neurociência, manifesta-se, sobretudo, no uso crescente de drogas que produzem estados alterados de consciência. Sabemos que todas as sociedades humanas sempre tentaram, por meio da legislação, impor uma política da experiência ou uma espécie de ética da consciência, que visa banir as drogas proibidas, nem sempre com justificativas médicas ou científicas aceitáveis.

Mas agora não se trata mais apenas de banir as drogas ilegais. É preciso discutir as drogas lícitas que produzem estados alterados de consciência. As tentativas de suprimir as tristezas e a falta de atenção das crianças na escola levaram a uso quase que indiscriminado de antidepressivos e de substâncias como a ritalina. As conseqüências desse processo já se fazem sentir até na modificação da psicologia popular, na qual já não se fala: “Estou triste”, mas “Estou deprimido”.

Mas será que se pode exigir das pessoas que não se entristeçam ou não se angustiem? Em um futuro próximo é possível que o uso dessas drogas para melhorar o humor e o aprendizado passe a ser por parte dos empregadores (item da cesta básica) e pelos professores (farão parte da merenda escolar). E alguém poderia proclamar: por que não? O exército americano já obriga seus soldados a ingerirem algumas drogas que podem fazer que eles percorram grandes distâncias carregando equipamentos geralmente muito pesados sem, entretanto, sentir cansaço.

Não faz muito tempo, a neuro-farmacologia descobriu algumas substâncias que induzem a experiência religiosa. Ora, será que essas substâncias não deveriam ser consumidas por todos e o Estado declará-las obrigatórias? A religião é mais confortável que o ateísmo, disso já sabia o velho Kant. Então por que não disseminar a religiosidade? Afinal, indivíduos e sociedades religiosas serão, supostamente, mais pacatos e administráveis... Será esta a “pílula de Deus”, já que existem pílulas para tantas outras coisas.

A questão de fundo, contudo, continua a mesma. O que torna alguns estados alterados de consciência mais desejáveis que os outros? A neuro-farmacologia trouxe, a reboque, um amplo leque de dilemas éticos e força novas pautas de discussão filosófica. Afinal, o que define um bom estado de consciência e quais, dentre todos os que podemos ter, devem ser declarados ilegais ou inaceitáveis? Essa é a pergunta principal que deve nortear uma ética da consciência, já que vivemos (e viveremos) predominantemente em estados alterados de consciência, produzidos pela ingestão, cada vez mais freqüente, de drogas legais ou ilegais. Afinal, desde a invenção do Prozac, ingressamos definitivamente no admirável mundo novo de que nos falava Aldous Huxley.

Não estamos preparados para a demolição do “eu”. Se há uma década temíamos que máquinas se tornassem conscientes, hoje, temos de temer que humanos percam a consciência. Não há nada mais abundante no planeta do que seres humanos, e eles podem se tornar úteis para os propósitos de uns poucos por maio da supressão da consciência. A supressão da consciência tem se revelado um investimento menor, do ponto de vista econômico, do que a construção de robôs conscientes. Essa é a nova forma que a angústia passou a ter a partir do século XXI.

A ética da consciência precisará nos ajudar a escolher entre os possíveis estados alterados de consciência no intervalo entre a “angústia mórbida”, que não nos permite sequer levantar da cama, e o “alienado feliz”, aquele que Sartre chamava de “salaud”, ou o idiota imune à própria angústia. Não será uma escolha nada fácil.

Noreda Somu Tossan

Fonte: Filme "Sem limites"
Fonte: Revista Filosofia nº 60

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Invenções

Por Noreda Somu Tossan

O homem na busca pela comunicação inventou a escrita, entalhou em pedra, utilizou penas e finalmente veio a caneta esferográfica, e fazendo uso das vinte e três letras que também inventou, escreveu lindas histórias, deixou para sua descendência registros importantíssimos e o melhor...belos poemas.

O homem, este ser pensante, não se cansou de buscar soluções para as dificuldades, ele queria a paz, mesmo que esta fosse imposta de formas violentas, pesquisou, estudou e finalmente inventou a bomba atômica. E com aviões também inventados pelo homem, despejou sua carga letal sobre duas cidades, e assim, dizimou inocentes.

O homem ao tentar facilitar seu trabalho inventou a roda, a mãe de todas as invenções. E com essas mesmas rodas inventadas por ele, não hesitou em atropelar todo aquele que se colocou em seu caminho. Passou por cima daqueles que ousaram protestar contra as injustiças cometidas por tiranos.

O homem, apenas com três cores primárias inventou todas as outras, e com todas essas cores ele pintou belíssimos quadros, revelando assim o talento do homem para o belo. Mas com projéteis também criados pelo homem, ele manchou com o vermelho-sangue as páginas de sua história.

O homem acidentalmente descobriu a penicilina, revolucionando assim os tratamentos infecciosos, salvando milhares, aliás, milhões de vidas. O homem descobriu a cura para as doenças mais agressivas que já acometeram o humano. É penoso saber que estas mesmas doenças são mantidas vivas em laboratórios, apenas para, quando necessário ou conveniente, usá-las como armas de destruição em massa.

O espírito desbravador do homem o levou aos lugares mais longínquos. Descobriu continentes perdidos, desbravou terras inóspitas, habitou em lugares gélidos. Este mesmo espírito desbravador o fez destruir povos, massacrar civilizações inteiras, destruir costumes e impor suas crenças.

O homem aprendeu a manipular os elementos, todos os cento e dezesseis. Aprendeu antes disto a manipular o fogo. Usou a força da natureza a seu favor, construindo barragens e produzindo energia limpa. Com esse conhecimento ele inventou o Napalm, usou a pólvora não só para colorir o céu em épocas festivas, desenvolveu o C4 e tantas outras armas, possibilitando assim a destruição de seus iguais.

O homem inteligente inventou deuses. Matou por eles. Acabou também achando útil a criação de demônios. Semeou o terror entre os irmãos. Invenções tão importantes que hoje não consegue livrar-se delas. É considerado burro se apenas tentar destruir aquilo que por milênios fez parte de sua história.

Três cores e todas as demais. Vinte e três letras e todas as poesias do mundo. Dez números e todas as equações possíveis. Cento e dezesseis elementos químicos e todas as construções. O homem não para de descobrir, de inventar, de dar vida a idéias que jamais foram cogitadas. Ainda assim ele nos surpreenderá com uma nova invenção amanhã, algo que ninguém jamais pensou. O terror se apossa de mim ao imaginar o que ele poderá fazer com o que pode descobrir.

Assim é o homem. Um ser totalmente capaz de melhorar o mundo em que vive. Um animal agraciado pela natureza com a capacidade de criar. Mas com uma enorme inclinação para a autodestruição

Edson Moura