quarta-feira, 20 de outubro de 2010

“A fé e as mortes que ele causou” Parte I

Por Noreda Somu Tossan

 Depois de vários adiamentos, finalmente dou início à seqüência de postagens onde, de forma bem resumida, faço relatos sobre acontecimentos que marcaram nossa história, e que tem a “fé” como eixo para seu desencadeamento. Espero que, no decorrer dos comentários, possam ser esclarecidos alguns pontos que ficaram obscuros, devido a necessidade de sintetizar ao máximo o texto, para quer não ficasse cansativo aos leitores. Este é apenas o primeiro de uma série de artigos meticulosamente preparados para trazer aos que não tiveram a oportunidade de conhecer, o “terror em nome de Deus”. Boa leitura!

 

Não pode se dizer que o Holocausto, tido entre os maiores genocídios contínuos da história, tenha sido motivado unicamente por questões religiosas, uma vez que o objetivo final de Adolf Hitler era a conquista do mundo em nome de uma raça ariana. No entanto, ao mesmo tempo em que os nazistas diziam estar servindo a Deus ao eliminar os Judeus, eles também estavam ligados a uma série de procedimentos pagãos, de cunho religioso e esotérico. Por outro lado, a perseguição aos judeus não foi exclusividade dos nazistas. Durante séculos, eles sofreram perseguições principalmente da igreja Católica, que por muito tempo afirmaram que os judeus eram responsáveis pela morte de Jesus, aliás, um judeu.

Alguns episódios da história servem de exemplo, como as Cruzadas e a Inquisição. Antes do início da Segunda Guerra Mundial, o anti-semitismo era muito forte no Ocidente. Em minha opinião, o holocausto demonstrou os resultados “demoníacos” que residem em nossa tradição de pregações e ensinamentos anti-semitas. Desta forma o anti-judaísmo cristão promoveu a causa nazista de várias maneiras. Ele levou os nazistas a focarem suas ações inicialmente nos judeus, e criou atitudes que permitiram que eles executassem seu programa de extermínio enfrentando pouca resistência.

Lamentavelmente a desastrosa doutrina católica preparou o caminho para Hitler e sua “solução definitiva”. Em grego o termo “Holocausto” significa uma oferenda feita em sacrifício. Foi usado no século XX para designar o extermínio sistemático, realizado pelos nazistas, de diversos grupos considerados indesejáveis, entre eles Judeus, homossexuais, comunistas, ciganos e deficientes. O número exato de mortes durante o holocausto é desconhecido. Estima-se que aproximadamente seis milhões de judeus tenham sido assassinados.

O Holocausto distingue-se dos outros genocídios da história pelo método sistemático empregado pelos nazistas. Ele foi levado a cabo em todas as regiões ocupadas pelos Alemães. Os meios usados para o assassinato em massa foram diversos, e, com o passar do tempo, foram sendo “aprimorados”, com um número crescente de vítimas. Além de execuções, os nazistas realizaram experiências médicas cruéis e bizarras em prisioneiros, incluindo crianças. Quando Hitler assumiu o poder, sua ideologia racista passou a ser empregada, defendendo a existência de apenas uma raça superior, a saber, a ariana. As demais raças eram consideradas inferiores e responsáveis pela perturbação da sociedade. Eles deveriam ser destruídas ou servir à raça superior. Foi dessa forma que teve início a perseguição aos judeus, negros, ciganos, homossexuais, doentes mentais e terminais.

Quando os judeus que eram capturados pelos nazistas, chegavam aos campos de concentração, eram separados em filas de mulheres, crianças e homens. Havia então a separação dos mais fracos, que eram encaminhados para a câmara de gás disfarçadas de chuveiros coletivos. Os prisioneiros se despiam imaginando que iam tomar banho, mas eram fulminados pelo gás mortal e, depois, enviados para o crematório. Dentes de ouro eram retirados e algumas vezes a própria pele era usada em candeeiros. Os cabelos das mulheres eram raspados antes delas entrarem nas câmaras de gás, e reciclados para confecção de produtos como tapetes e meias.

Mas você pode estar se perguntado:

O que o Edson quer dizer com isso que está escrevendo?

Na verdade, eu é quem faço algumas perguntas:

Onde estava é igreja neste momento da história? Onde estava a fé? Onde estava Deus? Em que a fé dos Judeus os ajudou? E mais:

Não foi uma fé cega que motivou o “Führer” a cometer esta barbárie? Por que o Papa Pio XII silenciou-se nesse momento? Será que lá no fundo, ele não estaria batendo palmas para o führer? De todas as hipóteses, a mais provável é que o papa Pio XII, ao escolher o silêncio no que dizia respeito ao extermínio judeu pelos nazistas, estaria apenas comportando-se como um estadista e não como um líder religioso.
"Parabéns para ele!"

Por Edson Moura

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